Por: Enoch Livulo

Ensinam-me os meus poucos conhecimentos que o homem ao nascer está condenados a liberdade, é esta liberdade que mesmo tendo o braços ou pés quebrados ainda assim pensamos em pular, ou apertar coisas. Escrevo-vos em função do que nos narra a sagrada bíblia, no seu livro de S. João 15:12, quando o meu amigo João diz: (um novo mandamento vos dou que vos amei uns aos outros assim como eu vos amei) Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. (Lucas 6: 35)
Muito profunda e sinceramente sinto-me feliz em partilhar os meus ideais convosco sobre um tema que é muito debatido em igrejas e muito pouco vivenciado nas ruas, escolas, lojas etc. Estes lugares que por sua vez são também preenchido por homens que frequentam as igrejas.
Os corpos movimentam-se de lado em lado, as ideias emigram de hemisférios cerebrais a hemisférios cerebrais descrevendo órbitas psico-cognitivas que estruturam o ser dos IRMÃOS nossos, e como um copo de vidro e quebrado anda meu espírito restando-me apenas o estalar nos ouvidos; por um lado caminho satisfeito porque ainda posso escrever, e por outro anda com o espírito abatido feito um corpo em jejum num período de 35 dias. Não sou Jesus Cristo, Bob Marley, Martin Luther king, mas é como se fosse porque partilhamos os mesmos conceitos sobre o sentimento que de ve governar a humanidade.
O homem é deve ser respeitado pelo que ele é, isto é um ser Bio-Psico-Social, como um animal que pensa, sente, e que interage com os seus semelhante e não só. Não devemos julgá-lo, ou desvalorizá-lo em função dos lugares que ocupam ou que deixaram de ocupar. É minha intenção trazer mais próximo o espírito que anda muito extinguido, ou desaparecido é o espírito do amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei. Uma vez que somos todos pertencentes a mesma raça que chama-se humana não devia existir motivos de descriminação, somos todos irmãos mesmo alguns não aceitando, estes, alguns não aceitariam talvez porque sou preto, pobre, feio, sou da periferia, não professamos a mesma crença religiosa, mais ainda assim somos irmãos porque o nosso pai é mesmo.
São sete horas do dia dezanove, e os ponteiros do aceleram com a esperança de expirar o meu calendário. Quero dizer vos que meu espírito não é como o piano de BARTOLOMEO CRISTOFORI, onde as teclas apesar de todas elas terem as mesmas origens que é o marfim são separadas pela cor, não sei porquê, e assim o preto convive em separado com branco, se calhar fazia parte do seu perfil psicológico, um tipo de descriminação inconsciente; meu espírito é como o da marimba onde as teclas têm todas a mesma cor, produzindo sons diferentes, assim é o ser humano somos todos da mesma espécie mas produzimos sons diferentes. (diferenças individuais).
Então nesta margem de ideias não há motivos de separatismo, ou racismo; primeiro porque somos todos teclas que aguardam o tocador neste caso que é Deus, e depois porque temos todos a mesma origem e finalidade que é produzir sons para que a melodia seja coerente e harmoniosa, como animais racionais e pertencentes a raça humana temos todos 4 membros, sendo 2 superiores, e 2 inferiores, 2 olhos, 2 ouvidos, 2 furos nasais, 2 lábios um superior, e um inferior, dentes etc. mas ainda tenho a lamentar o facto de ver alguns dos nossos irmão com vontade de pertencerem a Satã, eles excluem os outros, separam-nos, pela raça, nível socioeconómico, crença, etc. é como que se os brancos tem o Deus deles, os pretos também, os pobres os estudantes da primaria , os estudantes do médio , os universitários etc. Sabemos nós que isto não é verdade então devemos parar com este tipo de descriminação vã, porque o Deus que protege o pobre é o mesmo que protege o ricos, brancos, católicos, adventistas, testemunhas de jeovás e outros protestantes, é também o mesmo Deus que protege os estudantes de todos os níveis académicos.
Eu e meus amigos irmãos como: Jesus Cristo, Haillé selassie (Ras Makonnen) Marcus Garvey, Martin Luther King, Bob Marley, Nelson Mandela, e outros sabemos que os lugares que as pessoas ocupam, as posturas físicas, não determinam o seu carácter, a cor, o dinheiro, os estudos não nos deve retirar o amor de irmãos, (fomos irmãos ontem, somos irmãos hoje, e seremos irmãos amanhã), então é melhor nos amarmos e voltarmos como era antes, caso contrário seremos todos reis e príncipes solitários em tronos vazios, porque somente unidos venceremos e divididos cairemos, verdadeira liberdade é psicológica, e isso só será possível quando nos amarmos, amar é melhor do que o ódio, pois o ódio prejudica mais a quem odeia, do que quem é odiado, Então vamos todos livrarmo-nos da maquilhagem social, da lupa social, das muletas religiosas ou académicas, vamos nos olhar na nossa condição pura como quando era antes, a nossa condição de sermos apenas seres humanos que sentem, pensam, se emocionam, vamos nos comportar bem porque o amor é muito melhor. Vamos nos preparar para o armagedom ou o apocalipse, mas para isso é necessário que vivamos bem agora para que aquilo não venha mais. O amor é muito melhor.
Eu Enoch recomendo que pelo menos amemos o próximo, pode não ser como a nós mesmos, mas amemos simplesmente, do que criarmos ilhas e jardins de ódios; quando digo isto pode ser difícil mas é melhor tentar, do que odiar. O processo do amor começa agora.