
É instintivo da mente humana
Que um homem mais deseje
Os prazeres que lhe são Proibidos Freud -“
"Cada um tem
O seu prazer
Que o arrasta.
Por: Enoch Livulo
Alguêm escreveu: É um Prazer Estar Enganado na inexistência da verdade. Não somos poeira, somos magia!
O prazer em questão não é simplesmente o sexual. Precisa-se compreender que o prazer verdadeiro equivale as necessidades pessoais que conduzem realmente ao relaxamento de nosso íntimo mais puro.É lamentável a falta de habilidade intelectual e emocional da maioria das pessoas com relação ao termo prazer. São levados pela pobreza cognitiva, tendo como ideia primária do prazer, como algo parecido ao sexo. Estamos em pleno século XXI e continuamos a procura de culpados face as más interpretações ao sexo inerente, Sartre define o homem como um ser livre, ao passo que Marcel define o homem como um ser falível;Compreende-se que o homem passa-se da liberdade, e transforma-se em ser puramente errante.Mas que sejam quais forem as circunstâncias, as nossas culpas, os nossos fracassos, devemos encontrar os motivos, e a forma de resolução em nós mesmos.
O prazer e a dor prolongam-se por toda nossa vida, e são de grande importância para a virtude e a vida feliz, uma vez que as pessoas decidem fazer o que lhes é agradável e evitam o que lhes é penoso"Cada acto que praticamos nasce de um desejo; Assim quando paro para admirar uma paisagem, é a resposta a um desejo do belo que me dá prazer.
O termo prazer tem sido constantemente sinónimo de vontade, desejar, de alegria; satisfação; delícia; segundo aEnciclopédia Wikipédia livre 2005, define prazer como uma sensação ou emoção agradável, ligada à satisfação de uma tendência, de uma necessidade, do exercício harmonioso das actividades vitais.
Aristóteles definiu o prazer em uma das suas obras como "um certo movimento da alma e um regresso total e sensível ao estado natural"
Dostoievski
Segundo Dostoiévski, Os Irmãos Karamazov, Em todo homem, habita nele um demónio oculto, que vive com o indivíduo sob forma de prazeres, que as vezes são concretizadas, as vezes reprimidas, etc.
Segundo Livulo (2009) Todo e qualquer indivíduo foi privado de prazeres na infância, prazeres que variam segundo o meio, personalidade, etc. Assim sendo, alguns foram privados de amor na infância, outros de liberdade, outros de bens que muito pretendiam ter, outros de amizades, outros de seus ideais, outros das brincadeiras, outros até foram privados de elementos que desconhecem, E esta privação de modo involuntário posteriormente manifesta-se de diferentes maneiras através de distúrbios, sobre forma de efeito sombra ao indivíduo; como uma espécie de nervosismo; (amuado) pratica excessiva ou contrária do que foi privado, frustração em formas variadas, (melancolia, submissão, compulsão), outros até utilizam o mecanismo de defesa como projecção, compensação.
Periandro afirma que a liberdade é fonte de todo prazer possível”. Mas Aristóteles na sua filosofia do prazer afirma que “todas as coisas belas/boas são agradáveis e as coisas agradáveis produzem prazer.”Quanto mais prazer temos com uma actividade, mais aumenta a nossa vontade de continuar a actividade Ex., o desejo de ficar mais tempo com quem queremos, prolongar a felicidade, comer sem repletar-se com a boa comida, O desejo de prolongar o orgasmopor mais tempo (sexo tântrico),etc. Cada prazer aumenta a actividade que lhe está associado, E pode, inclusivamente, torná-la mais longa, e o desprazer diminuia prática da actividade que lhe está associada, tornando-a mais curta.Ex: o desejo de liberta-se da pessoa indesejada, o comer para repletar-se e acantonar o prato, o desejo de terminar com beijo desagradável e mal cheiroso, o desejo de sarar-se da enfermidade, etc. O pano do fundo do prazer é o relaxamento ou o estado “zero”, ao passo que o desprazer o seu pano do fundo é a busca ou a satisfação do prazer. (verAlém do princípio do prazer, de Sigmund Freud) a fome de um é a sacies de outro, e a sacies de outro e a fome de outro.
Precisa-se ter em conta ao se universalizar o conceito de prazer, e não sermos reducionistas e confundirmos prazer como um elemento em si sinónimo de bom, pois existem definições reducionistas de prazer como um sentimento desejável, ou pretendido e que a dor é um sentimento que muito bem podemos desejar, mas que não é universalmente bom (não confundir prazer com felicidade, e o desprazer a infelicidade) cada individuo pode sentir uma dor agradável ou doce, é o caso da despedida de Romeu e Julieta, até porqueSegundo Marquês de Maricá Nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males do que de prazeres. Estaríamos a limitar-nos os conceitos pois alguém diria que nenhum prazer é em si um bem ou um mal pois existem prazeres que fazem-nos muito bem e que o seu fim é um mal, E há desprazeres que fazem-nos mal e que o seu fim é um bem, Ex. O beijo desagradável e mal cheiroso da prostituta não excita-me e portanto não caio no seu jogo, e evito prostituir-me com ela e de modo automático não pego nenhum vírus, não tenho nenhum prazer em tomar medicamentos mas tenho prazer na saúde, etc.Não quero por aqui um termo médio face a este pensamento prazer e desprazer, bem ou mal, mas pretende-se porém e simplesmente afirmar que estas características aparecem como elementos condicionais, ou melhor podemos dizer que este prazer é um mal somente depois de presenciarmos o fim último do mesmo.
Antes de classificarmos os prazeres, importa aqui salientar que há prazeres dignos e prazeres vis. Na verdade, há coisas que dão prazer a certas pessoas, enquanto provocam dores noutras. Algumas pessoas consideram-nas agradáveis e estimáveis, enquanto outras pessoas as consideram lastimáveis, por isso é que não devemos universalizar o conceito de prazer como algo agradável, e desprazer como o desagradável, repara: que pode haver prazer sem felicidade mas não pode haver felicidade sem prazer, pois felicidade implica ter prazer e gozá-lo, ao passo que prazer é momento, e felicidade não deixa de ser um projecto no qual nunca o terminamos, mas que está em constante processo de aprimoramento.
Tipos de Prazeres
A classificação dos prazeres em que me refiro abarca estas três áreas de modo global e que põe sob domínios outros três prazeres: Racional, Irracional, e o Neutro.
PRAZERES DA ALMA:que abrange os prazeres superiores, os quais nunca pecam por excesso.
PRAZERES EXTERIORES: que englobam a riqueza e beleza (são forasteiro)
PRAZERES DO CORPO:neste encontramos os prazeres da mesa e do sexo.
De modo global em provérbio 21.17, Salomão fala de pelo menos estes três prazeres, que fazem com que os homens vivam necessidades dependentemente sob qual prazer estiver envolvido; assim os residentes dos prazeres da alma, passarão necessidades de praticarem actos virtuosos, pois é algo que lhes caracteriza, os residentes nos prazeres exteriores passarão necessidades a eles referentes (luxúria…). O sábio Qohelet (Salomão) em provérbios 21.17, ao falar sobre o enriquecimento se referiu ao prazer do corpo.
É importante salientarmos que desde os tempos mais remotos o prazer como um elemento em si ou geral estava sempre interditado pela moral, ou culpa daquela época.
A Lenda do prazer(de E.L)
Uma criança, jovem, formosa, dotada de valores morais impostos pelos pais e pela sociedade, desde sempre obediente e nunca rebelde. Então num certo dia em passeio com os pais uma força que ela desconhecia, de trás à empurrou, então ela com o seu impulso de forma não propositada esbarra fisicamentecom os pais e estes, sem saber dos porquês, ralharam-se contra ela, e ela pressionada pelo estímulo forte que recebera, ou a que fora vítima, respondeinstintiva, e ofensivamente, e falta pela primeira vez com o respeito,aos pais e daí a grande desordem, pouco tempo depois ela sente a ânsia de os seus sentidos presenciarem a mesma dor, ou a mesma ilusão a que havia sido vítima; E como ela não tinha onde encontrar, condiciona tudo para satisfazer a sua curiosidade, pois pouca recordação do sucedido, ela tinha. Portanto ela encontra e mais tarde torna-se possuída pelo mesmo, e que a torna rebelde, mas cheia de força e ânimo para seguir em frente e enfrentar a vida.
ӿPortanto classificamos o prazer sob domínios: Racional, Irracional, e sob domínio Neutro, consideremos a definição de prazer como algo puramente voluntário (pelo menos para cada individuo). Assim sendo consideraremos prazeres racionais aqueles que precisam efectuar a hiper-cerebração, ou a grande actividade do cérebro, envolve a persuasão, condicionamento, lutam em prol do ego, afirmação do eu diferente da pessoa próxima, as surpresas. Etc. Se acreditas na existência de um Deus e nos conteúdos da bíblia sagrada leia (Salmos 9:2, eclesiates 2:1)
Por outra são considerados prazeres irracionais como osprimários, aqueles que procedem no corpo como um elemento em si prévio da compreensão exemplo o desejo de alimento (A sede, a fome,) os desejos ligados aos gostos e aos prazeres sexuais e em geral os desejos do tacto, olfacto, audição, e a vista, assim o bebé irracionalmente chora excessivamente um bem ausente, sem saber que este choro trará consigo consequências negativas.
O homem é um ser que vagueia a procura essencialmente do positivo, do bem, de si e para si, ou melhor, cada homem carrega dentro de si um instinto que é a preservação da espécie, o bem ou bom de si, e segundo a definição anteriormente exposta diríamos que o homem é um ser caracterizado, ou resumido pelos prazeres segundo Marquês de MaricáCada um tem o seu prazer que o arrasta. E para Freud, de forma instintiva na mente humana há desejos e prazeres que lhe são proibidos.
Os prazeres sendo bons dividem-se e ai cada um recebe as suas características os irracionais vão ser caracterizados da seguinte maneira: existem comidas boas demais que preferiríamos comer o dia todo sem que nos repletássemos, quanto ao desejo sexual temos o orgasmo que é tão bom que de forma automática pensamos em prolongar por mais tempo pois dura tão pouco, as vezes desejamos pegar cheirar, ou ver demais o mui agradável. Se recorrermos as outras análises de costumes encontraremos a norma de que tudo quanto for demais faz mal. Segundo o pensamento de Marques de Maricá não é vontade do indivíduo estar mal algo que de forma instintiva o arrasta para o perigo (Freud), Aquele perigo não faz parte do seu querer, faz parte do seu querer o desejo sexual, a vontade de alimentar-se, apalpar, ver, mas não o mal que isto provocará, daí o seu carácter irracional.
Jean Paul Sartre na sua filosofia propõe um elemento importantíssimo para explicar o ser das coisas “O em si e o para si.” E ao explicar os desejos racionais decidi partir do “para si” já que o em si reduz-se ao prazer irracional que de uma ou de outra forma aparece como um elemento prioritário. Na filosofia de Sartre precisa do “em si” (comida, prazer sexual…) para existir, o para si (bem estar, amor, etc.) não tem um essência única e definida, varia consoante as circunstancias estado psíquico do indivíduo para indivíduo, é substituível. Ela reside mas tempo na psique do indivíduo e aparece muitas vezes como surpresa ex: alguém que reside nos prazeres irracionais sem mais nem menos decide mudar as suas pulsões para o racionalismo do prazer, para as pessoas que estão em sua volta ser-lhes-á uma surpresa. O indivíduo convive enormemente com estas ideias o que lhe levará a arranjar mecanismos de se libertar destas teias, o indivíduo pensa: quem amar, a quem amar, como amar. Exerce uma grande actividade cerebral que não exerce para comer, para desejar a(o) parceira(o), daí o seu carácter racional.
Em suma o prazer irracional é levado pelo prazer que limita a racionalização, ao passo que o prazer racional procura ser neutro. Assim sendo o prazer irracional é a existência que procura governar e desmoronar “o ser, o eu (o prazer racional).
Ainda encontramos os prazeres sob domínio neutros aquele que o indivíduo encontra onde se supõe não existir, nem sempre são perceptíveis, assim penso em entrar em um bar supondo encontrar ali uma satisfação do meu eu mais puro é o caso do sadomasoquismosexual (obtenção do prazer sexual exclusivamente por dor, humilhação, subserviência, flagelação, estrangulamento ou insultos durante a actividade sexual), o caso do fetichismo (pratica sexual por objectos ou coisas, roupas, cadeiras etc.) é o caso da Urofilia (obtenção do prazer pelo contacto da urina do parceiro), alguns há que obtêm o prazer enquanto gritam, outros enquanto choram. Os prazeres neutros não são universalmente afirmados, variam de indivíduo para indivíduo. Sem querer particularizar o conteúdo,Os fortes são aqueles que acreditam na existência de um ente superior, e mais forte que ele, se acreditas então confira outro exemplo do prazer neutro. Apóstolo Paulo na sua carta aos IIcoríntios 12:10 encontra-mos nele um prazer neutro ao afirmar:”Por issosintoprazernasfraquezas,nasinjúrias, nasnecessidades, nasperseguições…em segundas tessalonicences 2:12, encontramos outraespécie de prazerneutro.(Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.)