Por: Guilherme Tchitalakumbi
ENCARCERAMENTO DA VIDA
Encheram as cavernas
Do meu ser
O olhar fita a arrogância do
Saber inato do meu não
Promulgando nas incertezas do
Trajecto rectilíneo do vazio das mãos
Cheias desgastando a dignidade do silêncio
Em nome de vírgulas e reticências
Batendo a vida
Em raízes desnaturadas de
Emblemas das sortes azaradas
De mentiras reais, que ao
Versos da mentira realizam-se
Tradicionais verdades de reabilitado
Mundo efémero da infinitude
Grandeza partilhada por tratos
Da vida insaciável
De sentimento insólito dramático
Se reabre a fama de uma gama
De procriados solfejos do vento
Que se esconde por de mim
O gosto inato do meu viver
Vida dos assobios de pássaros
De momento sou quase
Tudo do nada nada mesmo
Gente de vida impermeável
Por sofistas derrotados
De batalhas ganhas por derrotas
De se conhecer o bem, quando
O bem é bem conhecido por mal só assim
Vou entender as reticências e vírgulas
Da vida.
Guilherme Tcitalakumbi
A simpatia do vento
15/10/2009