Escola-ou Unidade militar?

Ao Meu sub-chefe

Por: Enoch Livulo

               Várias são as palavras que circulam entre os meus hemisférios cerebrais; e sentimentos que circundam meu peito, tudo por causa de uma simples situação ou detalhe; e porque não dizer ausencia de noção das coisas?

                Excusar-me-hei de remontar em entrelinhas e detalhes as razões do meu estado funesto e lúgubre; e concentrar-me–hei veementemente naquilo a que posso chamar de realidade ou exigência; e começaria com a seguinte abordagem:

A Escola, é uma instituição que prepara os indivíduos para servirem e ou prestarem serviços na sua maioria fora dela;  (sociedade) A escola é antes de mais nada do Estado(povo) e para o Estado (Governo) e os directores são gestores, líderes e os responsáveis pelo estado(aspecto, imagem, perfil da escola) delas sendo sucessos ou insucessos; e ao falar isso vem-me a seguinte ideia:

              Ser líder, ser chefe, não nos oferece no absolutismo o poder de imperar com os subordinados, e  faltando-lhes com o respeito, os chefes deviam ser antes de mais nada e sobretudo amigos, parceiros directos dos seus subordinados, no sentido de revelar o tipo de instituição que desejam ter, o chefe não pode pensar que é um animal de leis que pode faltar com os respeito ao subordinado pelo simples faço de sê-lo;  alias até onde aprendi, é que as nossas relações interpessoais não devem limitarem-se pelos estatutos sociais  ou cargos que ocupam, pois eles são passageiros   são como autenticas mascaras que sobrepõem-se a nossa real e verdadeira imagem ou personalidade  e que mais cedo ou mais tarde acabarão caindo.

              É este pressuposto que permite o professor ter uma comunicação empática com os seus alunos, o presidente da Rep. Saudar e abraçar o seu povo, o crente ou fiel, abraçar-se e revelar seus problemas ao Pastor ou ao missionário; é este tipo de comunicação que nos faz compreender que os homens não são máquinas que trabalham, mas sim, seres humanos que interagem e com um senso emocional que precisa de ser alimentado enquanto perdurar a tal jornada laboral vivente. Mas infelizmente chefes há, que nem sequer entendo porque o são, e nem pelo que o são, que até parece-me que interiorizaram-se que fossem  Deuses em miniaturas e que podem estragar as coisas quando e como quiserem; aliás até podem estragar ar as coisas pois elas são mesmo substituíveis, Mas por favor não as pessoas.

                Bem, sem querer ser muito pejorativo, até porque as vezes precisa-se mesmo para aliviar a dose de mágoas que carrego, para um bom entendedor, já deve aperceber-se de que estou mesmo triste, com pouco ar, como que se e me tivessem esfaqueado pelos pulmões.

                Bem Meu chefe Senhor. João de Deus; nada tenho contra ele pelo contrário tenho é pólvoras de elogios e exaltação pela personalidade e a transparência que transporta no seu regime de liderança que ate ao momento nos esta oferendo como chefe; e gostaria tanto de dizer que o Meu chefe outro, o inferior do Bom chefe; O Sub director pedagógico, possui as mesmas qualidades gostaria de dizer isso, mas não aprendi a ser falso, mas entretanto quem conhece esse chefe, ou seja meus colegas saberão dizer se estas caracteristicas condizem com a verdade.

                  E eu,  defino-me como flexível, calmo, calculista, feliz, e trabalhador acima de tudo, mas que entretanto não permito também a falta de respeito. Tenho na minha pequena bagagem de conhecimento e experiencia as seguintes anotações para o meu chefe sub.

                                                             Ao Sub chefe  

                   É urgente que todos nós aprendamos a viver na diferença; ou seja , é um erro quando esperamos que o nosso semelhante seja uma copia autentica daquilo que eu sou; querendo ou exigindo que ele use o os mesmos trajes, fale da mesma maneira que eu, que ande da mesma maneira, e com o mesmo  corte de cabeloque nós; é uma aberração exigir isto; por isso é que vivemos em sociedade, e viver em sociedade é nada mais e nada menos, que aceitar e viver nas diferenças.

                   As escolas são para além de instituições educativas ou onde ministra-se o ensino, espaço de acolhimento e felicidade para os que nela frequentam, podendo ser alunos e, professores, ….etc. Não podemos torna-la uma unidade miliarizada, ou um centro de punições , como que se quiséssemos preencher as ruas de militares , soldados, ou homens  com excesso de punições e bloqueios sociais em termos de interacção social,.

                   Por outra Disciplinar é diferente de limitar as acções, ou punir vagamente;  As Escolas não precisam de serem tribunais para sancionar os professores e alunos, pelo contrario precisa  servir de hospital para sarar as enfermidades; e nenhum enfermeiro que sara as enfermidades com grosserias  e ofensas.

                 As escolas precisam de transportarem para as ruas pessoas livres e felizes, com espontaneidade comportamental, pessoas moralistas e moralizadas e não seres conflituosos.

                 Após varias analises e reflexões decidi desdobrar-me nestas linhas como maneira de desafogo, a essas magoas que ate agora rasgam-me como forma de facas de 2 gumes sob os pulmões;

                 Meu chefe sub Como gestor Escolar; é fundamental estabelecer as necessidades, imoportancias e as urgencias no tipo de Educação que desejamos ter; Caso não teremos nas ruas; Pessoas(alunos) cumpriddores de leis , regulamentos, mais com os cérebros vazios, uma vez que foram vitimas de mais leis e menos conteudo academicos. (Atenção que a mente humana capta ou aprende melhor e com mais facilidade os conteudos com mais tensão emocional;podendo ser de alegria ou tristeza; Estou querendo dizer que os excessos de castigos, e punições que os alunos têm estado a receber, estão a construir em parte a personalidade deles e aprendizagem na Escola)

                Que a a aparência não te governe, os professores não são obrigados a serem amigos seus, mas sim zeladores e éticos deontológicos; até porque professores como Eu, vão a escola com a vontade de Ensinar, e com o dever de Salvaguardar o PÃO PARA A MINHA FAMÍLIA  e nada mais; entretanto; não nos faça vítima da tua Educação FAmiliar; afinal de contas isso é EScola, e não CASA, nem tão pouco UNIDADE MILITAR.

                O chefe deve saber que esta a lidar não apenas com professores, mas sim com pessoas formadas, cultas e intelectuais e acima de tudo e que alguns são na verdade chefes de famílias; pese embora esiste também professores turistas e paraquedistas; mais preocupados com o dinheiro do que com a formação, mas por favor não me inclua nesta lista.

                 Bem estas são as palavras que tenho como vontade lançar aos ouvidos do meu chefe, ou seja na cara dele como se costuma dizer; e só não o faço pela Educação que tenho e o factor respeito; pese embora ja me tenha faltado respeito algumas vezes. e agora lembro-me da seguinte cena:

               ____Por fim quero que me compreenda, não sou alguém nem tão pouco de criar  problemas, se assim o fosse já o teria feito desde o primeiro ano que nesta instituição comecei a frequentar, pelos insultos e indirectas que recebia.

 Desde 2008 que  faço parte do movimento Rãs tafari, região centro sul, e somos ensinados a viver pura e simplesmente na paz e na harmonia do senhor, respeitando as diferenças, Outrossim somos também ensinados a lutarmos pela escravidão mental do pacifismo, defendendo nossos direitos com dentes, unhas, cérebros, e todos outros recursos que tivermos disponíveis,  trabalhei e trabalho sempre na PAZ, e sinto-me triste quando o contratempo e desenlace no trabalho depois de sensivelmente quatro anos acontece logo com o chefe, alguém que eu poderia ter como colo ou fonte de poio segurança.

Não sou bom em guardar dinheiro; de igual modo não preciso de guardar ressentimentos, reservas de ódios, ou sei lá o quê por seja lá quem for.

Meus agradecimentos pela atenção prestada e minhas sinceras desculpas pela abordagem; mas senti a urgente necessidade.