
DESCABAÇO( fui Eu)
Fui eu o primeiro homem qua as tuas pernas de um lado para
o outro joguei
E o meu esperma sobre o teu capim negro lancei,
meu pénis teu fruto comestível recebeu,
fui eu que entrei em ti como quem raivosamente renasce
Rebentando assim os primeiros fusíveis da tua fonte elétrica .
Por mim arriscaste-te a perder a tua virilidade; e eu tirei-te o que há muito vinhas guardando.
Ó mulher que te tenho
quero que no meu pénis faças um desenho.
Fui eu que trouxe-te naquela noite sobre o meu pénis coroado de estrelas;
Dei-te o mundo o mundo, e tu deste-me uma eternidade.
Fui eu que naveguei no mar virgem como o oceano atlântico antes dos marinheiros portugueses a véspera de colonização.
Ó mulher por amor tudo ou quase tudo fizeste por mim, e eu doido como sou apenas passei por ti pois meu coração é eletrónico, perdeu o senso de amar.
Oh , o amor afinal é cego? O amor afinal é cego mesmo, pois o teu é tão cego que até me mete medo, pois o teu amor é tão cego que até parece não tem cabeça, para perceberes os quão longínquos estão os meus sentimentos
Ó mulher tua caixa magica abri e o que nela continha degolei; e como forças enigmáticas ou sobrenaturais fui possuído, e uma contrariedade de comportamentos começou a existir, eu grosseiro enquanto me vinha e tu submissa vindo-te . mas em fim são as mbaias da vida, e em um único gesto te peço que te não arrependas e que nem te orgulhes.
Por: Enoch Bernardo Livulo Sapalo
Namibe 2007