Carta Aberta ( Depacho de Deus)
Carta Aberta ( Depacho de Deus)
PARTE I
Como um golpe de estado a lua expulsara o sol a fim de dirigir e tomar conta da querida noite , e o sol revelando sua atitude democrática ocultava-se sob o mar. Quando a querida nuvem negra começou o seu discurso com gotas de lágrimas gritos e rumores de sua garganta que soavam a trovões, enquanto isso a terra banhava caprichosamente.
PARTE II
Do outro lado trabalhadores e desempregados pesados de canseiras , vão fazendo da noite um ditado ortográfico com cem parágrafos. Não há sono , os estômagos pela fome e má alimentação são levados a imitarem os trovões das nuvens ; entretanto as camas são barulhentas que não param de reclamar para cada virada de insônia quer da esquerda, tanto faz da direita.
PARTE III
O coração bombeia demais e a caixa toráxica (torácica ) parece pequena demais pra conter. -Querida noite, podes ir mais depressa por favor ? É que estou com pressa e medo. Pareci ter caído no sono. Concomitantemente no sonho.
PARTE IV
São oito horas de um dia brilhante de sol e calmamente mandava as ruas deixando pegadas entre o capim branco e o passeio preto onde os carros fazem os tubos de escapes peidarem ante nossos narizes, mas não faz mal estamos habituados , nessa encarnação DEUS havia mandado um despacho, num documento para a terra onde fazia-se perceber em letras maiúsculas e tinta azul (cor das paredes da casa dele) uma orientação de que as mortes seriam por títulos acadêmicos.
PARTE V
Nessa encarnação um LICENCIADO podia receber dez balázios de uma Ak-M , , só precisaria de trocar a roupa por causa do furos, um MESTRE, PHD, podia ser atirado do vigésimo andar e cair com a nuca levantar-se-ia logo e acenderia um cigarro em paz se quisesse. Mas Eu estava governado de pressa, vi o documento , inclusive as letras do Pai , e por isso andava de pressa ; olhei a minha direita um senhor de meia idade a perder a vida porque por distração foi tocado ligeiramente com o carro de mão, e ainda ouvia comentários de alguém que matou a mulher com um empurrão quando queria dizer <> PARTE VI
O coração batia mais , quase que saia do lugar, eu estava atrasado para os objectivos da vida , não queria mais dar a volta , quando vi um muro em construção , um muro de quatro fiadas de tijolo , " vou mesmo direito" pensei logo , marquei dois passos atrás como balanço e pulei .
PARTE VII
Caí do outro lado , com os pés trêmulos e uma visão embasada , suor por todo Sitio, tonturas eticetra. De costas ao chão e com os olhos para as nuvens , as mesmas nuvens que outrora produziram lágrimas com a qual a terra banhava, as mesmas nuvens que produzia estrondos , agora fazia rostinhos estranhos pra mim, as nuvens abriam e fechavam. O coração perdia o seu ritmo normal , os ossos se esticam, já não sinto meus pés nem braços, os pulmões estão quase vazios, Ọh Shit Estou indo.