FILO POEMANDO
POR: GUILHERME TCHITALAKUMBI
Morrer antes de viver
Falar antes de calar o prazer de
Sonhar alto solta além do mais
Nada que vem antes de tudo
Pois tu és o tudo e o nada quando
De tudo e de nada se pensa
Quando o vazio enche-me de imenso lazer
Oh pai ai
Ai we mãe
O pavor, é o meu salário
Vago em trevas do mundo que
Não é claro pois pelo calvário
Sussurram mulheres da invalidez
Imposta por homens incrédulos
Que derretem a sua cólera
Sobre as crianças cuja inocência estampa
O seu semblante de tudo e mais nada
Que vigora na filosofia da natureza
Mágica do travo amargo da vida
POR: GUILHERME TCHITALAKUMBI
Morrer antes de viver
É sair antes de entrar pois as portas
Encerradas de medo medeiam o
Síndrome da agonia nojenta das poeiras
Das feiras dos dias de grandes Tchilos
A moda que virou mania na trajectória
Lacónica das paisagens dispersas
Nas mentes entretidas
No álcool
Onde se perdem sem mais nada
Pensar sobre a vida
Que vida se não é tida nem achada
No caiporismo de inveja
Onde escorre sangue que não é vermelho
Por não ter cor
Se é assim
Prefiro
Antes de viver morrer
Antes de entrar sair
Antes de falar calar para não
Me calar depois de nada falar.