Trémula das mãos nuas,
Descalça da cabeça em manto da costa fria
Olha o cantinho inédito que sai do fim!
O sol afinal não disse nada?, não disse nada?, nada
ao vento?,
Se bem soubesse afinal esquartejava aos pedaços as estrelas
Aquelas que ofertaste-me amiga
Só para dar o luzir das quebradas sensacionais das
Quebradiças partículas solúveis das satíricas palavras
Que bem ornamentadas derrubam murmúrios
Das ruas de chamas afinadas e
Secularizam horas infidáveis,
traduzem o vento a meia noite,
volta a espreitadela dos factos da
página anterior onde a noticia é nada mais nem menos
o nada.
Mais o sol afinal não disse nada ao vento?
Não disse nada? Mas nada mesmo?
Então se bem soubesse esquartejava aos pedaços
as estrelas aquelas que me ofertaste
minha amiga, sega palavra
Inéditamente ficcionada na veracidade
De uma lucidez que ilumina a cidade
Anda embora, pois anda lá
E reinventa-te numa solidez a troz e mais...
E o mundo mudo, muda as ondas e o vento e
Sorrí sem gargalhar, sem se espalher, espelhar nem se
Aparvalhar pelos pedaços do vento da mocidade
Em meia idade, com vaidade ante a segacidade.
Guichitas/17/Janeiro/2015