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DO NAMIBE-ANGOLA E PARA O MUNDO, VOCE ENCONTRA AQUI NO PENSADORESNAMIBE.

 

As exigências modernas do homem novo não devem  ser as de governar o mundo que o cerca, mas  a de liderar os seus proprios pensamentos, ser livre é uma questão de disputa entre o Deus que não posso ser e o escravo que não aceito ser.  E.Livulo.



Nem sempre a vida traz no seu legado um aroma agradavel, as controvérsias estimuladas pelos hipócritas desgraçam inocentes. Guilherme Tchitalakumbi. 


É pertinente correr atraz do tempo, para não chegar a tempo de atrasar com os planos, na vida tudo é facil dificil é perceber que quando nascemos nunca sonhamos sofrer, por isso viva a cada momento tal como ele é. G. Tchitalakumbi.




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A TRAJECTÓRIA-EPISTOLA
A TRAJECTÓRIA-EPISTOLA

XXX 

 

A Trajectória (percurso)

               Meus caros; não tenho como entender o termo trajectória se não anexar os meus alguns pensamentos a palavras como: ( percurso, via, órbita, o meio da transferência…etc), é assim que intitulo esta crónica epistolar. São vinte e oito do ano de dois mil e onze d.C. do mês do homem que proclamou a independência de Angola, e do poeta angolano que mais admiro, meu corpo esta dentro de um outro corpo, calma e serenamente obedece a trajectória feita pelo mesmo corpo, só que este é mecânico e por ele, pouco poder eu tenho até porque não estou no dito cujo guiador. Esta viagem poderia ter sido breve, mais alegre, ou coisa parecida, estou em um Mini-autocarro de transporte privado destes motoristas aventureiros que andam por aí a desenrascar a vida porque também tem prazeres, aliás têm mulheres, e estas por sua vez possuem filhos por sustentar e que a realidade social não permite fazer escolhas profissionais ( é pegar ou largar, ou ficas com o bocado que podes ou ficas sem nada) portanto eles apetrecham o dito Mini; com pessoas e coisas ao mesmo tempo e aí a viagem muda de nome, não caminhamos ainda 50 metros deste troço do Namibe-Lubango, mais a viagem promete ser longa porque apesar dos empurrões tenho duas excelentes companhias não porque eu esperava, mais por mera casualidade,  sou um jovem estudante e que boa companhia pode ser?.... Tenho no meu lado esquerdo um velho de aproximadamente 55 anos e do lado direito uma velha de mais ou menos 50 e tal,Aacho eu que decidiram partir com o mini da manhã em função da ansiedade em voltar para casa, quem sabe com uma mente a disparar anseio de ver os filhos,netos e bisnetos? eles nada dizem, nada cheiram, e simplesmente pensam, e eu no meio deles fazendo os meus movimentos lendo, escrevendo e telefonando para os amores dizendo-lhes que já estou de partida, mais a viagem continua… continua…continua… e esta zona já não há redes telefónicas compatível com o meu telemóvel que é de marca Alcatel que andam por aí nas agencias da filha do nosso chefe a um preço de dóis mil e quinhentos kuanzas, nem sei o nome deste sítio, até porque o mini esta mesmo em movimento agressivos feito um macho que atinge o orgasmo para uma donzela prostitua que muito grita. E a viagem continua…. Continua……continua e finalmente estamos no município da Humpata graças a Deus, em primeiro e depois ao motorista, finalmente vamos parar e aí poderei descer para descansar ou ainda me mover um pouco os músculos, apesar dos meus movimentos; quase que permaneci estático relactivamente aos meus movimentos habituais, não tenho fome mas por tradição dessas paragens compro ginguba torrada,… e a viagem continua… e penso…não sou historiador mais faço historia, sou psicólogo e curioso, mais acima de tudo sou humano, e como psicólogo e curioso penso na senhora, e porque não dizer do senhor que torrou a ginguba que hoje e pela primeira vez e por influencia da minha amiga estou a comer ginguba com casca, penso no estado emocional da(o) amiga que torrou esta ginguba, suas alegrias, tristezas, seus conflitos internos, se quais os problemas que faziam a trajectória e dançavam na sua psique, será que tinha o seu par em harmonia com os seus quereres? Estava com quem? E o que conversavam? Governava o seu mundo interno ou era mais preocupada em ser prestigiada por fora, porque ela quer este dinheiro? Mais pronto ignoro esta margem de pensamentos que não sei se são meus ou dela, e continuo comendo a ginguba com casca e algumas vezes sem casca, desculpe minha amiga ainda não aprendi bem. Mas estou mais a comer com casca, porque se eu cascar vou sujar o carro os dois avós, as minhas mãos inclusive a pasta do avô que esta debaixo da minha cadeira, uma pasta bem cheia que se ele fosse jovem eu punha-me a pensar que contém nela arma ou droga, mais a viagem …. Continua…continua…. E eles continuam…. e contraditoriamente durante a viagem pensei: “ah esses velhos estão rebentados, estão cansados, não vão aguentar esses vão pegar um sono terrível” mas para provar a jovialidade eles continuam sem falar, simplesmente respiram e pensam, e nem piscam os olhos nem por um segundo, estão com as nádegas firme onde sentam e com os olhos fixos na estrada por onde o outro corpo pisa, olhos firmes como quem a espera de uma oportunidade para rejuvenescer, nádegas firmes nos acentos como quem diz: somos fortes resistentes, e persistentes com a vida apesar dos sobressaltos e problemas que vão surgindo, e um deles me olha como que se invadindo minha psique, se ri dos pensamentos que me governam no momento, e prontos a Huila esta a vista e dentro de minutos eu desço, … mas se querem saber meus irmãos só de pai? Eu Enoch gostei da viagem porque os velhos mostraram a um cego jovem estudante como devemos estar atentos na quilo que somos, fizemos, e queremos, e sobretudo onde estamos a ir, afinal de contas , o outro corpo mecânico é inferior a nós e somos nós que decidimos quando parar e continuar apesar de não estarmos no volante não devemos dormir mesmo, precisamos de firmeza e fixação no esta a vista e no futuro, se os velhos tem isso imagino agora quanto mais eu que estou na idade motor da sociedade?

Obrigado é até mais um dia ou a próxima viagem desde que tenha uma “nova” novidade