
Ao Deus desconhecido
A ti o desconhecido eu queria ao menos te adorar, mais ainda não te conheço, eleva os meus olhos para que eu te possa ver e não apenas ouvir de ti, a ti o desconhecido faz-me conhecer o teu projecto com os humanos e mostra-me onde me insiro, e o meu papel, eu queria te conhecer a medida que me distraia, não tenho como definir-te nem como deixar de pensar em ti.
Eu tenho o sangue nas mãos de quem julgas amar, eu tenho o clítoris do meu cérebro completamente friccionado ejaculando ideias na direcção de quem dizes existir, eu quero te conhecer, mas como um ser isente de ódio, e que desconhece o apocalipse,
A ti ó desconhecido que inundas minha mente com o prazer em conhecer-te, e que me fazes pensar em cada passo que dou, não tenho nome nem título a atribuir-te, e se tivesses seria dehus,
Então ó dehus faz-me ver dias melhores e encerra as minhas mágoas como as pernas da madre mas fiel, aos demais homens. A ti ó desconhecido feliz e sozinho quero te adorar, mas tenho as minhas dúvidas e angustias que me (dês) afastam de ti, ser que gravita nas janelas da minha psique,
A ti o desconhecido corta o teu braço esquerdo para que eu possa sentir apenas a tua bondade, ô desconhecido eu temo-te demais e sei que o temor não é suficiente para te conhecer, não tenho poder global sobre mim, por isso não depende de mim ser teu, mas te peço por favor seja injusto comigo dando-me felicidade, pois a natureza que de ti herdei tornou-me injusto em muitas das minhas acções, não sei porquê, mas sinto que por mim muito já fizeste, por isso desculpe minha ingratidão, mas também quero ser dehus, para agradecer-te e contarmos histórias fora da esfera humana.
A ti ó desconhecido teu projecto é enorme e nem a metade eu conheço, eu queria te fugir ó desconhecido, mas não há táxi me leva pra fora do teu alcance ó senhor, queria deixar de pensar em ti mas acho que é você que produz os meus pensamentos,
A ti ó desconhecido escondo um louco por de trais de mim em forma de prazer infinito daquilo que proíbes ou os homens o dizem tu teres proibido, ensina-me a orar enquanto olhas para os meus olhos.
Anónimo